Citação para a Vida :

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

" Eis-me aqui Senhor " Beata Alexandrina de Balasar



" [...] Nascida no meio católico e rural de Balasar, para frequentar a escola primária, a Alexandrina mudou-se em 1911 para a Póvoa de Varzim, onde viveu na pensão de um marceneiro.Ao fim de dezoito meses, regressou à freguesia natal, para o lugar do Calvário, freguesia em que viveu toda a sua família.
Começou a trabalhar cedo na lavoura, como era usual nessa altura. Aos 12 anos adoeceu, provavelmente de febre tifóide, ficando a sua saúde, a partir desse momento, algo comprometida.
Com 14 anos, no dia de Sábado Santo no ano de 1918, estava a trabalhar em costura com a sua irmã Deolinda e outra menina e deu um salto do quarto onde estava para se defender de agressores que invadiram a casa.
Até aos seus 19 anos ainda se conseguia movimentar sofrivelmente, tendo gosto em ir à igreja. Contudo, a paralisia foi-se agravando até 14 de Abril de 1925, data em que ficou, definitivamente, de cama, durante trinta anos.
A sua intenção inicial era tornar-se missionária e, por isso, orava à Santíssima Virgem Maria para que ficasse curada. Em 1928, chegou à conclusão de que a sua vocação era compartilhar misticamente o sofrimento de Cristo, oferecendo-se então como vítima pelos pecadores.

*De 3 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942, todas as sextas-feiras, alegou viver os sofrimentos da Paixão de Cristo: superando a paralisia, descia da cama e, dando mostras de sofrimento físico, repetia, por três horas e meia, as etapas da Via Sacra. Existe um registo filmado de um destes êxtases e um circunstanciado relato de um outro, publicado pelo Padre José Alves Terças nas páginas de "A Paixão Dolorosa" (este escrito, ilustrado com alguns desenhos, pôs pela primeira vez a Alexandrina nas bocas do mundo, para grande mágoa sua).Em 1936, por intermédio do mesmo director, fez vários pedidos à Santa Sé no sentido de que o mundo fosse consagrado ao Imaculado Coração de Maria, o que fez despertar o interesse do Vaticano pelo seu caso (houve, mesmo, contactos com o Arcebispo de Braga). A 31 de Outubro de 1942, o Papa Pio XII satisfez esse desejo, numa mensagem transmitida a partir de Fátima (celebravam-se os 25 anos das Aparições), repetindo-se este acto na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 8 de Dezembro do mesmo ano.Apartir 27 de Março de 1942 é alegado que deixou de se alimentar nos seguintes 13 anos de vida, vivendo exclusivamente da comunhão diária.
A dada altura, um dos médicos que a acompanhavam, descreveu o seu estado de espírito no decorrer da sua doença : «A expressão de Alexandrina é viva, perfeita, afectuosa, boa e acariciadora; atitude sincera, sem pretensões, natural. Não há nela ascetismo, nada untuoso, nem voz tímida, melíflua, rítmica; não é exaltada nem fácil a dar conselhos. Fala de modo natural, inteligente, mesmo subtil; responde sem hesitações, até com convicção, sempre em harmonia com a sua estrutura psíquica e a construção sólida de juízos bem delineados em si e pelo ambiente, mas sempre, repetimo-lo, com ar de espontânea bondade que o clima místico que desde há tempos a circunda e que, parece, não foi por ela provocado, não modificaram.»
Sobretudo nos anos finais da sua vida, começou a desenvolver-se em torno da Alexandrina um fenómeno de popularidade, que levou muita gente em peregrinação até ao seu leito em busca de aconselhamento espiritual.
Desde sempre que os seus devotos consideram-na como uma das maiores figuras místicas de toda a história da Igreja, equiparando-a a Santa Teresa de Ávila, Santa Catarina de Siena, Beata Anna Catarina Emmerich, Santa Faustina, entre algumas outras. Para sempre é recordada como a Beata ou Irmã Alexandria, que a muitos aconselhou e ajudou nas suas caminhadas terrenas. Que a Paz eterna esteja sempre com um grande Ser Humano como esta nossa Amiga foi. [...]