" ... A pergunta chegou a Jesus (ver Evangelho de Marcos 10, 2-16): «Pode o homem repudiar a sua mulher?»
A
resposta de Jesus desconcertou todos. Segundo Jesus, se o repúdio está
na lei, é por causa da «dureza de coração» dos homens e da sua
mentalidade machista, mas o projecto original de Deus não foi um
casamento “patriarcal” dominado pelos homens.
Deus
criou o homem e a mulher para fossem «uma só carne». Ambos são chamados
a partilhar o seu amor, a sua intimidade e toda a sua vida, com igual
dignidade e em total comunhão. Daí o grito de Jesus: «Não separe o homem
o que Deus uniu» com a sua atitude machista.
Deus
quer uma vida mais digna, segura e estável para as esposas submetidas e
maltratadas pelos homens. Não se pode abençoar uma estrutura que gera
superioridade masculina e submissão feminina. Depois de Jesus, nenhum
cristão poderá legitimar com o Evangelho qualquer coisa que promova a
discriminação, a exclusão ou a submissão das mulheres.
Na
mensagem de Jesus há uma pregação dirigida exclusivamente aos homens
para que renunciem à sua «dureza de coração» e promovam relações mais
justas e igualitárias entre homens e mulheres.
Onde se escuta hoje esta mensagem?
A Igreja hoje chama os homens para esta conversão?
O
que estamos a fazer, nós seguidores de Jesus, para rever e mudar
comportamentos, hábitos, costumes e leis que vão claramente contra a
vontade original de Deus ao criar o homem e a mulher? ... "
Fonte : Fraternidade em Movimento