
" ... A Dedicação
O Papa Silvestre I dedicou-a ao
Santíssimo Salvador (318 ou 324). Só no século VI foram acrescentados os
títulos dos santos São João Batista e João Evangelista. Ali, foi
construída uma Capela dedicada a São João Batista, que servia de
batistério. No século IX, o Papa Sérgio III confirmou a dedicação a João
Batista. Por fim, no século XII, Papa Lúcio II também a dedicou a São
João Evangelista. Daí a denominação da Basílica Papal do Santíssimo
Salvador e dos Santos João Batista e Evangelista de Latrão. A Basílica é
considerada pelos cristãos como a principal, “a mãe e cabeça de todas
as igrejas da cidade e do mundo”.
A Importância dos Edifícios Materiais
Bento XVI expressou essa data da
seguinte forma: “Queridos amigos, a festa de hoje celebra um Mistério
sempre atual, isto é, Deus quer edificar no mundo um templo espiritual,
uma comunidade que o adore em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24). Mas
esta celebração recorda também a importância dos edifícios materiais,
nos quais as comunidades reúnem para celebrar o louvor de Deus. Cada
comunidade tem, portanto, o dever de conservar com cuidado os próprios
edifícios sagrados, que constituem um preciosos patrimônio religioso e
histórico. Invoquemos então a intercessão de Maria Santíssima, para que
nos ajude a tornar-nos como ela, ‘casa de Deus’, templo vivo do seu
amor”. (Angelus, 9 de novembro de 2008).
Somos morada do Jesus Ressuscitado
Somos a casa de Deus
Assim, cada um de nós também é a
“casa de Deus”, em Jesus ressuscitado, porque o Espírito mora em mim, em
cada um de nós (1Cor 3,16). Por um lado, o simples fato de estarmos
cientes disso, leva-nos a louvar o Senhor e, por outro, a dizer, às
vezes, de modo excessivo: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa…” (Mt 8,8), esquecendo que Ele já está em nós, nos acolhe e nos ama, não como gostaríamos de ser, mas como somos, aqui e agora.
Tenhamos o olhar fixo em Jesus
As distrações, presentes em nós,
tornam desfocada a face do Senhor! Quando aprendermos a manter o nosso
olhar fixo em Jesus, autor e aperfeiçoador da nossa fé e da nossa
amizade com Ele (Cf. Hb 12,1-4), então o nosso rosto brilhará com a luz,
que brota de um coração “unificado”. O equilíbrio exigido não deve ser
coisa passageira, mas todo um caminho de vida, um contínuo entrar em nós
mesmos em vista da “morada do Rei” (Cf. Castelo Interior, Santa Teresa
de Ávila). ... "