" ... A partir do tema da mensagem para o IX Dia Mundial dos Pobres – ‘Tu és a
minha esperança’ (cf. Sl 71,5), o Papa explica que “essas palavras
emanam de um coração oprimido por graves dificuldades”, mas o seu
espírito “está aberto e confiante, porque firme na fé reconhece o amparo
de Deus”.
No meio das provações da vida, a esperança é animada pela firme e
encorajadora certeza do amor de Deus, derramado nos corações pelo
Espírito Santo; o pobre pode tornar-se testemunha de uma esperança forte
e confiável, precisamente porque professada numa condição de vida
precária, feita de privações, fragilidade e marginalização” desenvolve.
Leão XIV explica que o pobre “não conta com as seguranças do poder e
do ter”, mas, pelo contrário, sofre-as e, “muitas vezes, é vítima
delas”, por isso, a sua esperança “só pode repousar noutro lugar”:
“Reconhecendo que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós
fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a esperança que
permanece”.
Segundo o Papa, “a pobreza mais grave é não conhecer a Deus”, e cita o
Papa Francisco na exortação ‘Evangelii Gaudium’ (Alegria do Evangelho),
quando escreve: «A pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de
cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial
abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe
oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos
Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na
fé» (n. 200) ... "
Para terminar é importante salientar que o Dia Mundial dos Pobres foi instituído na Igreja Católica pelo Papa
Francisco, com a carta apostólica ‘Misericórdia e mísera’, que foi
publicada no encerramento do Jubileu da Misericórdia (2016), e foi
celebrado pela primeira vez, em Novembro de 2017.