Citação para a Vida :

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sábado, 14 de maio de 2011

" Um grande Ser Humano " - Papa João Paulo II


Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, uma pequena localidade ao sul da Polónia. Filho de um tenente do exército dos Habsburgos, também chamado Karol Wojtyła.
Em 1931, morreu o seu irmão de escarlatina. Karol acabou por perder o pai poucos dias antes de completar os seus 22 anos.
Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã e depois da União Soviética da Segunda Guerra Mundial. Durante eeste tempo assistiu, ao assassinato de vários amigos e colegas.

Manifestou o seu interesse pelo teatro, pela música popular e pela literatura. A sua juventude foi marcada por intensos contactos e com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia.
Durante a experiência da ocupação alemã, trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha Nazista. Foi Atleta (chegou a actuar como jogador de futebol numa equipa amadora de Wadowice) e também muito religioso, (foi fundador de uma Congregação Mariana no seu colégio), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1 de Novembro de 1946 pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.

Tornou-se docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. Em 28 de Setembro de 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participou no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio. Foi eleito cardeal pelo Papa Paulo VI a 28 de Junho de 1967.
Após a morte do Papa Paulo VI a 6 de Agosto de 1978, esteve então presente no conclave de 26 de Agosto de 1978, que viria a escolher o Cardeal Albino Luciani ( Joao Paulo I ) para um dos pontificados mais curtos da História. Passados trinta e três dias depois de votar no conclave, no dia 28 de Setembro de 1978, deparou-se com a morte "surpresa" do seu companheiro de trabalho. E assim o cardeal de Cracóvia, Karol Wojtyła. Quando voltou a Roma, ele foi eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, e apartir daí dava início a um dos maiores pontificados da história da Igreja Católica.
O conclave que se sucedeu ao inesperado falecimento do Papa João Paulo I, foi dominado por duas correntes que tiveram como candidatos o conservador arcebispo de Génova Giuseppe Siri, e o mais liberal arcebispo de Florença Giovanni Benelli.
Decidiu adoptar o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente colocou-se do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.
Foi o Papa mais novo desde o Papa Pio IX porque foi eleito na época com 58 anos, tornando-se assim o Papa cuja acção foi mais decisiva e importante no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão às de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; para muitos tinha o carisma do Papa João XXIII; participou em eventos ecuménicos (foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém); procedeu a numerosas beatificações e canonizações.
A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Muitos polacos consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. A Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 houve uma "revolução sem sangue" e houve encorojamento de outros países do bloco comunista a se libertar de Moscovo.
A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação.
"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002. Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital".
Foi promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo, João Paulo II enfrentou no entanto acusações de "proselitismo agressivo" feitas pelo mundo ortodoxo.
A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em Março de 2000 e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.

A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra.
Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de janeiro de 1979, através do qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa, e à conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no dia 29 de novembro de 1984.

Três anos depois de ter sido eleito Papa, é vítima de grave atentado na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, por parte do turco Ali Agca, o atentado contra o papa terá sido decidido pelo ditador comunista Leonid Brejnev e organizado por serviços militares soviéticos, os serviços búlgaros teriam servido de "cobertura", enquanto que a Stasi, da RDA, teria sido encarregada da "desinformação".
Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassínio de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.

Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. A 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus, resultante da operação anterior.
Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio, pois nesta data em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria "desviou as balas" e salvou a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de maio de 1982, já recuperado, o Papa João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo.
O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário.
Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

Nos ultimos anos de vida, já com a doença de Parkinson muito avançada, decidiu aparecer na janela do seu escritório no dia 30 de Março de 2005 para tranquilizar os católicos, sendo aí muito evidente que o seu estado era extremamente débil.
No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'.
Às 21h37, hora de Roma, no dia 2 de Abril de 2005, o Mundo parou perante a notícia da morte do Santo Padre mais viajado de sempre. As exéquias fúnebres decorreram na Praça de São Pedro, pela manhã do dia 7 de Abril de 2005. A cerimónia fúnebre teve a duração de três horas, sob alta segurança, presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, actual Papa Bento XVI.
Assistiram 2500 convidados, entre os quais Chefes de Estado, primeiros-ministros, e outras personalidades. O corpo de João Paulo II está sepultado nas Catacumbas Vaticanas.

Sua Beatificação :

Seis anos após seu falecimento, no dia 1° de maio de 2011 às 10h37 (horário de Roma), a sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. Ele, acolheu o pedido do vigário de Roma, Agostino Vallini, leu a fórmula latina que incluiu o papa polaco entre os beatos. O seu processo de beatificação foi o mais rápido dos últimos 700 anos, sendo o processo de canonização mais rápido até hoje o de Santo Antonio de Lisboa que foi canonizado apenas 11 meses após sua morte.
A celebração de seu dia será o 22 de outubro, aniversário de sua eleição ao pontificado.
A cerimônia foi acompanhada na Praça de São Pedro por mais de um milhão de pessoas, vindas de todos os continentes, com aplausos e cantos religiosos.
Bento XVI celebrou a cerimónia - com paramentos que pertenceram a seu antecessor , acompanhado por cardeais presentes em Roma como Stanisław Dziwisz e por Mieczysław Mokrzycki, ex-primeiro e segundo secretário particular de João Paulo II.
Bento XVI recebeu uma relíquia contendo o sangue de João Paulo II, que lhe foi entregue por Marie Simon Pierre Normand. O milagre com que foi tocada a religiosa foi um dos factores importantes e decisivos para a beatificação de João Paulo II.
Bento XVI também declarou que o processo de beatificação foi acelerado devido à grande veneração popular por Woijtila.

Para terminar resta-me deixar uma mensagem de agradecimento a este Homem que mostrou a Mundo, que se lutarmos para vencer, nós conseguimos. Todos somos capazes de lutar como ele fez, demonstrando ao Povo Católico do Mundo que Ele estava bem, bastava ter o apoio de milhares de Fiéis. Obrigado Santo Padre, que agora Nª Srª de Fátima o proteja, tal como Ele nos protegeu (...)


"Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo!"

Papa João Paulo II